J. Aldo (foto) enfrenta C. McGregor em julho. Foto: Josh Hedges/UFC Era pra ser só mais um exame antidoping surpresa, baseado nos novos e rígidos padrões de controle anunciados pelo UFC em recente entrevista coletiva, mas a coleta de material para análise do campeão brasileiro José Aldo nesta quinta-feira (11) se transformou em caso de polícia e terminou com uma ordem para que o profissional enviado pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC) deixe o Brasil.
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Werdum revela clima quente com Velasquez no México: ‘Ele não quis me cumprimentar’ Tudo começou quando o norte-americano Ben Mosier, do laboratório Drug Free Sport, se apresentou na sede da Nova União, academia de José Aldo, para coletar a urina do campeão para um exame antidoping surpresa visando o UFC 189, evento no qual o brasileiro defende seu cinturão contra Conor McGregor. Aldo cedeu o material para coleta, mas a falta de algum tipo de identificação que ligasse Mosier à NSAC levantou suspeitas no técnico e empresário do lutador, Dedé Pederneiras, que imediatamente entrou em contato com a Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA). Por sua vez, a CABMMA acionou a Polícia Federal, que compareceu à academia no Rio de Janeiro (RJ) e constatou que Ben Mosier não tinha o visto apropriado para trabalhar no Brasil. A polêmica se estendeu por algumas horas e, após horas de diálogo a portas fechadas, o coletor foi autuado e multado em R$ 413,88 e recebeu uma notificação para deixar o país em até oito dias. Após o fato, o líder da Nova União Dedé Pederneiras defendeu sua postura diante do ocorrido e apresentou alguns detalhes sobre a polêmica envolvendo o coletor da NSAC. “A gente fez tudo o que eles pediram. Até dar a confusão toda, o Aldo já tinha feito o teste, (a urina) já estava no potinho. Só que, quando a comissão brasileira chegou aqui, viu que a forma como a coleta foi feita não era a forma que tinha que ser feita aqui no Brasil. E teve um agravante a mais porque um policial federal constatou que, na verdade, a pessoa que estava aqui não poderia nem estar fazendo nada de trabalho, estava trabalhando sem ter direito de trabalhar. É a mesma coisa que ir para os EUA com visto de turista ou B1/B2, pelo que eu entendi, e querer trabalhar”, disse, em entrevista ao site do canal “Combate”. Já pelo lado da CABMMA, coube ao presidente Rafael Favetti o esclarecimentos sobre o procedimento da entidade. “O que houve foi uma dúvida sobre a pessoa. Como temos uma Comissão Atlética aqui no Brasil que é absolutamente parceira da Comissão Atlética de Nevada, a situação se resumiu a algo além do direito esportivo. Houve um problema de controle de imigração, que é anterior a qualquer coisa: a regularidade do enviado da empresa terceirizada para trabalhar no Brasil. (…) Quando nós fazemos a coleta, há certos materiais que fazem parte desse processo, que é executado por certos profissionais com certos credenciamentos. Nós exigimos um profissional credenciado pela WADA, e nós não sabemos se o profissional enviado tinha esse credenciamento. Outra questão é o material, que não é o mesmo que nós usamos. Não é que esteja certo ou errado, mas ele é diferente”, afirmou, à mesma publicação. Ainda segundo Favetti, o episódio, apesar de conturbado, pode ter sido o primeiro passo para um alinhamento maior entre os trabalhos dos órgãos regulamentadores no Brasil e nos Estados Unidos. “É um momento singular de avanço no esporte. Apesar do problema imigratório que aconteceu, as comissões atléticas estão cada vez mais fortes. Eu falei com o presidente da NAC diversas vezes ao longo do dia, trocamos e-mails mostrando que estamos sempre à disposição para fazer as coletas de material no Brasil. Eles entenderam muito bem e isso reforçou nosso caráter de parceiros. O que eu posso dizer é que o que ocorreu não voltará a ocorrer, porque entramos em contato com Nevada e, a partir desse fato, os laços serão cada vez mais fortes. Estamos pensando em fazer um protocolo de intenções para sermos a extensão deles no Brasil”, concluiu. José Aldo passará por outro exame antidoping nesta sexta-feira (12). Segundo o site norte-americano “MMA Fighting”, Ben Mosier, embora não possa participar do trabalho de coleta de material, foi convidado para acompanhar o processo.
Era pra ser só mais um exame antidoping surpresa, baseado nos novos e rígidos padrões de controle anunciados pelo UFC em recente entrevista coletiva, mas a coleta de material para análise do campeão brasileiro José Aldo nesta quinta-feira (11) se transformou em caso de polícia e terminou com uma ordem para que o profissional enviado pela Comissão […]
Fonte: Superlutas
Categoria: Notícias
Autor: Lucas Carrano
Publicado em: 12 Jun 2015 13:19:37
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