Neste fim de semana vimos uma saraivada de críticas a um dos homens mais importantes do MMA brasileiro, o atleta oriundo da Chute Boxe de Curitiba, campeão do PRIDE aos 23 anos de idade e posteriormente, campeão da divisão dos meio-pesados do UFC, na época, a mais concorrida entre as categorias de peso. Nocauteador nato, atualmente com 32 anos, Maurício ‘Shogun’ Rua já fez tudo o que era possível para se mostrar um vencedor no MMA desde seus primórdios, se tornando profissional quando o esporte ainda era criminalizado, ganhando mau, e lutando básica e puramente por amor à luta. Tendo completado no último dia 8 de novembro o aniversário de 12 anos de sua primeira luta de vale-tudo profissional, Shogun Rua caiu perante Ovince St-Preux no dia seguinte, nocauteado em 34 segundos e foi alvo de duras críticas e agressões na internet, típico de pessoas grosseiras e principalmente ingratas perante tudo o que ele já fez ao nosso país, sendo endeusado na América e no Japão, enquanto esta maioria provavelmente nem o conhecia. Abrir o questionamento sobre o futuro de Maurício no MMA é normal, cogitar sua aposentadoria, troca de categoria de peso, mudança de equipe, tempo de atividade, entre outros fatores, torna-se comum em um duro momento, assim como nomes oriundos do PRIDE sofreram e sofrem. Podemos citar Minotauro, Anderson Silva, Minotouro, Wanderlei Silva, entre tantos outros estrangeiros que são atormentados a cada derrota, como se fosse sua obrigação a vitória, e o revés um pecado inadmissível. A crítica e o questionamento como os citados acima, acabam sendo normais, mas o que agride, diminui e atordoa os atletas e os verdadeiros fãs é verem seus ídolos de tantos anos sendo chamados de “fracassados”, “fracos”, “derrotados”, entre outro duros xingamentos que vimos com tanta ênfase ao brasileiro neste fim de semana. Vamos combinar, a palavra mais certa para definir isso é a ‘ingratidão’. Afinal, isso é um comportamento cultural. A ignorância talvez seja, visto que no Brasil não temos o hábito de honrar nossos heróis de guerra, e os heróis do esporte. No Brasil, o segundo lugar é o primeiro dos últimos. O rei no fim do seu reinado torna-se o mais ralé da plebe. Sim meus amigos, a memória do brasileiro se mostra cada vez mais curta. Sabemos que a missão é dura, talvez a aposentadoria esteja batendo na porta, ou já esteja na sala de estar, mas se Shogun aposentar, provavelmente saberemos que ficará um sentimento de “falta” diferente dos outros, visto que sabemos que há lenha para queimar, e ao menos potencial para isso. Talvez seja necessário um novo processo mental, de treinos, e tentar, quem sabe, radicalizar de vez e buscar suas origens que o levaram ao sucesso, ou abandoná-las de vez, reinventando um novo Shogun para sua cartada final. por Hugo Bessa – Editor.
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Neste fim de semana vimos uma saraivada de críticas a um dos homens mais importantes do MMA brasileiro, o atleta oriundo da Chute Boxe de Curitiba, campeão do PRIDE aos 23 anos de idade e posteriormente, campeão da divisão dos meio-pesados do UFC, na época, a mais concorrida entre as categorias de peso. Nocauteador nato, […] The post Shogun, não dê ouvidos a eles appeared first on MMA Space.
Fonte: MMA Space
Categoria: Artigos e Entrevistas
Autor: Redação MMA Space
Publicado em: 10 Nov 2014 12:36:41
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