Na noite de hoje, o campeão dos pesos penas José Aldo Jr. colocará novamente seu cinturão em jogo contra o wrestler americano Chad Mendes, contando novamente com a torcida ao seu favor, após nocautear o americano em janeiro de 2012 pelo UFC 142. Mendes obteve uma nova chance para enfrentar o campeão José Aldo após uma sequência incrível de cinco vitórias consecutivas, sendo quatro destas por nocaute ou nocaute técnico. Trataremos nesse artigo, com base em estatísticas de golpes significantes deferidos por minutos, tentativa de quedas a cada 15 minutos e de finalizações pelo mesmo tempo, além do número de vitórias e sequências sem a interferência dos árbitros laterais, levando em consideração principalmente as opiniões pessoais dos colaboradores do MMA Space com base nos retrospectos dos lutadores que compõem o card, exemplificando e palpitando um pouco sobre o que podemos esperar do UFC 179.
Fabricio “Morango” Camões x Tony Martin
A noite começa com dois lutadores com a “corda no pescoço”, vindo ambos de duas derrotas consecutivas. O brasileiro, Fabricio Camões tem um jiu-jitsu de alto nível, mas pegará um oponente que tem 75% de suas vitórias por finalização. Tony Matin estreou no UFC com oito vitórias consecutivas, mas acabou sentindo o peso da estréia e do nível maior dos oponentes somando duas derrotas. Ele tem estatisticamente mais efetividade nas defesas de queda do que o brasileiro, porém, Fabricio tem 32% de suas tentativas de quedas que dão certo. Seu oponente tendo 33% de defesas de queda bem sucedidas, torna a situação bem equilibrada nesse quesito. Porém, com a luta no chão, as tentativas de finalização a cada 3 rounds é o dobro para o brasileiro em comparação ao americano. Em pé, Morango já venceu quatro lutas por nocaute, enquanto Martin nunca soube o que é isso, mas tem números maiores de golpes significativos disparados por minuto e 45% de acerto em suas tentativas de socos ou chutes.
Palpite do MMA Space: Vitória de Morango por decisão unânime.
Gilbert Durinho x Christios Giagos
(Foto: Leonardo Fabri) Especialista em jiu-jitsu brasileiro, Gilbert Durinho dispensa comentários sobre suas habilidades na arte suave, tendo conquistado os mais importantes títulos no mundo e sendo responsável pelo jogo de solo de ninguém menos do que Vitor Belfort. Mostrando grande evolução em seu jogo de trocação, tornando-se de maneira inquestionável um atleta completo. Porém, enfrentando agora um estreante na organização, Durinho que tem 8 vitórias como profissional de MMA, tem um desafio diferenciado, visto que Giagos tem a maior parte de suas vitórias por nocaute, tendo inclusive sua última vitória obtida por uma belíssima joelhada voadora. Durinho não deve dar “sorte ao azar” e optar por um jogo mais conservador, trabalhando bem a distância na trocação e esperando o momento oportuno para trabalhar seu jiu-jitsu se quiser vencer a luta sem correr grandes riscos.
Palpite do MMA Space: Gilbert Durinho por finalização no segundo round.
Felipe Sertanejo x Andre Fili
(Foto: Jason Silva / MMA Space) Sertanejo tem mais uma importante chance de se destacar no Ultimate ao enfrentar um atleta jovem e completo da famosa Team Alpha Male, com um bom jogo de trocação, mas principalmente, uma segurança ímpar na combinação das modalidades no MMA, característica comum dos membros da equipe americana. O atleta brasileiro da Chute Boxe Diego Lima, aposta como sempre no Muay Thai como seu principal pilar para obter a vitória e precisa tomar muito cuidado e não se “afobar” na primeira chance, pois mesmo tendo um bom jiu-jitsu, cair por baixo nunca é um bom negócio no MMA moderno. Fili, tendo 9% a menos de efetividade em seu jogo de trocação, pode explorar um momento de descuido do brasileiro para derruba-lo, mas Felipe, bem treinado como sempre, já deve estar ligado nessa situação, podendo até mesmo surpreender em uma tentativa de queda do americano, pegando-o em uma guilhotina, como este fora derrotado em sua estréia e única luta no UFC. Entretanto, nosso palpite é que essa luta não deve durar muito.
Palpite do MMA Space: Felipe Sertanejo por KO/TKO no primeiro round.
Scott Jorgensen x Wilson Reis
Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images Mesmo com Jorgensen tendo uma boa base no jogo de solo e tendo vencido 33% de suas lutas por finalização, dificilmente seria plausível de sua parte apostar em um jogo de solo com o brasileiro Wilson Reis, que além de contar com um jiu-jitsu do mais alto nível, terá o apoio da torcida presente no Maracanãzinho. Jorgensen, em estatísticas, perde em quatro dos cinco quesitos apurados para o brasileiro, vencendo somente no “Defesa de queda”, com 59% de efetividade em seus bloqueios. Dessa maneira, seria inteligente de sua parte apostar na trocação, onde vence o brasileiro em todos os aspectos, incluindo efetividade, número de golpes significativos disparados, defesas e absorção. Tendo sido derrotado em três de suas últimas quatro lutas, o peso pena americano não pode se deixar exposto e evitar longas combinações, trabalhando da média para a longa distância, com o velho clichê de “bater e sair”, utilizando de uma movimentação pró-ativa. O brasileiro, possivelmente buscará trabalhar suas quedas e ir atrás de uma finalização por conta de seu nível mais gabaritado na arte suave.
Palpite do MMA Space: Scott Jorgensen por decisão dividida.
Yan Cabral x Naoyuki Kotani
(Foto: Jason Silva / MMA Space) Essa é a luta de recuperação entre dois atletas que vinham de uma longa sequência de vitórias e deram um breve tropeço no início de suas respectivas jornadas na maior organização de lutas do mundo. O brasileiro da Nova União, Yan Cabral – Participante do TUF Brasil 2 – tem um jiu-jitsu muito afiado e uma trocação que mostra evolução a cada novo combate. Seu rival japonês, é um finalizador nato, tendo vencido 25 de suas 44 lutas no MMA por finalização. Com 10 vitórias por finalização em 11 no MMA profissional, Cabral terá Kotani como seu mais perigoso desafio, em um duelo de grapplers em que a trocação pode fazer toda a diferença.
Palpite do MMA Space: Yan Cabral por nocaute técnico no terceiro round.
William Patolino x Neil Magny
Foto: Divulgação/UFC. Esse duelo entre dois lutadores jovens e talentosos tem tudo para ser um dos melhores da noite. Com ambos sendo lutadores completos, vemos William Patolino com vantagem principalmente no boxe e em um fator ainda não citado aqui: O psicológico. Mesmo vindo de um tempo afastado da atividade, Patolino transforma seu jeito sorridente na hora que o octógono fecha e mantém uma frieza de campeão em seus duelos. Sabendo disso, o finalista do TUF Brasil 2 leva vantagem numérica principalmente nas estatísticas da “trocação” em quatro quesitos, principalmente com o número de golpes significativos disparados por minuto, tendo a média de 6.8 contra 3.1 do americano Neil Magny, que em sua última visita ao Rio de Janeiro acabou finalizado pelo ex-TUF Brasil Serginho Moraes. Magny, em seguida, perdeu mais uma luta e somou uma ótima sequência de quatro vitórias consecutivas. É a chance de Patolino provar seu valor para os estrangeiros que ainda o desconhecem, batendo um americano que vem de um ótimo retrospecto em eventos internacionais do UFC.
Palpite do MMA Space: William Patolino por nocaute técnico no segundo round.
Carlos Diego Ferreira x Beneil Dariush
Foto: UFC / Divulgação. O brasileiro Carlos Diego Ferreira pela primeira vez em sua carreira de 11 lutas, invicto, fará uma luta em sua terra natal. O lutador que fez sua carreira totalmente no cenário internacional, buscará hoje sua terceira vitória no UFC, onde mostra um jiu-jitsu do mais alto nível e uma evolução considerável no jogo em pé. Ele enfrenta um atleta jovem, com um bom jogo de solo e trocação regular, porém, mais efetiva que o brasileiro, mesmo disparando menos golpes significativos por minuto, tem uma leve vantagem de 3% em seus acertos no oponente, em relação a Ferreira. Com o brasileiro tendo três vezes mais efetividade na busca por finalizações que o adversário, nosso palpite não se estende muito quanto a esse duelo e acreditamos que Diego se manterá invicto ao fim do UFC 179.
Palpite do MMA Space: Carlos Diego Ferreira por finalização no primeiro round.
Lucas Martins x Darren Elkins
Foto: Jason SIlva / MMA Space. O brasileiro Lucas Mineiro é uma jovem promessa do MMA na categoria dos penas e com todo o respaldo da tradicional equipe Chute Boxe, certamente apostará na ‘especialidade da casa": o muay thai super afiado que vêm mostrando em suas lutas no UFC. Com vantagem em todos os aspectos da trocação, o atleta brasileiro não tem por quê colocar seu jiu-jitsu em ação nessa luta, devendo trabalhar sua movimentação e não dar brechas para ser derrubado, onde vem com uma porcentagem muito boa, de 71% de sucesso nesse tipo de defesa. Se fizer o que sempre faz, dificilmente sairá derrotado.
Palpite do MMA Space: Lucas Mineiro por nocaute técnico no segundo round.
Fabio Maldonado x Hans Stringer
(Foto: Jason Silva / MMA Space)
Essa tem tudo para ser uma das mais empolgantes lutas do UFC 179. O “Caipira de Aço” Fábio Maldonado dispensa qualquer tipo de apresentação e mostra em todas as suas lutas seu espírito de guerreiro, dando literalmente a “cara a tapa” para seus adversários e utilizando um dos melhores jogos de boxe da divisão até 93 quilos do UFC.
Com ampla vantagem estatística em praticamente todos os quesitos, levando em consideração suas últimas lutas, o brasileiro tem tudo para vencer o perigoso Hans Stringer, que tendo um bom jogo de trocação, pode arriscar obter vantagem até mesmo na luta de solo, visto que obtém em sua carreira 9 nocautes e 8 finalizações, em 22 vitórias como profissional. Isso, se o sorocabano não se deixar abalado pelo primeiro nocaute sofrido em sua carreira, quando arriscou substituir Junior Cigano contra um dos melhores pesos pesados da atualidade, na divisão de cima.
Palpite do MMA Space: Fabio Maldonado por nocaute no terceiro round.
Glover Teixeira x Phil Davis
(Foto: Jason Silva / MMA Space)
Essa será uma grande luta entre dois dos melhores lutadores meio-pesados do mundo. O brasileiro Glover Teixeira, com um boxe sólido e um jiu-jitsu muito bom, enfrenta um especialista em wrestling que faz muito bom uso das finalizações, principalmente o triângulo de mão.
Tendo nítida vantagem na trocação sobre o “Mr. Wonderful”, o mineiro de Sobrália deve se manter totalmente focado no duelo para não cair nas armadilhas do atlético americano, que além de um ótimo físico, aplica quedas surpreendentes e quando quer, gruda como um carrapato em seus adversários. A falta de movimentação característica do Glover em alguns momentos pode acabar sendo perigosa para esse duelo.
Porém, em uma visão geral como lutador, Glover é plenamente mais capacitado e numericamente aplica mais golpes por minuto e tem mais efetividade em suas mãos, tendo inclusive, uma defesa de queda muito boa, podendo dificultar o trabalho de Phil Davis, que se não for nocauteado, apostamos que será bem castigado nessa luta.
Palpite do MMA Space: Glover Teixeira por decisão unânime
José Aldo x Chad Mendes
(Foto: Antonio Lacerda/EFE)
A luta principal do UFC 179 entre o campeão dos penas José Aldo contra o desafiante Chad Mendes é sem dúvidas a maior incógnita desta noite.
Com Aldo tendo a torcida ao seu favor, a trocação “calejada” ao longo de anos de treinamento, uma defesa de quedas pouco vista em atletas brasileiros e um psicológico muito forte, tem pela frente um lutador especialista em wrestling que evoluiu muito desde a primeira luta entre os tais, tendo obtido cinco vitórias, sendo quatro por nocaute, mostrando um jogo de boxe muito bem trabalhado pela equipe Team Alpha Male, em combinações com quedas, o que pode ser perigoso para o manauara.
Estatisticamente, Chad Mendes tem cinco vezes mais quedas aplicadas do que José Aldo e 100% de efetividade em suas defesas, nunca sendo derrubado anteriormente. Assim, com os números tão parelhos nos outros quesitos no grappling, sabemos o óbvio, que é uma suposta vantagem de Aldo na trocação e de Mendes no ground and pound, sem levar em conta, claro, o jiu-jitsu do brasileiro, muito afiado, por sinal, mas pouco demonstrado no MMA por falta de necessidade, na verdade.
Mendes, diferente da primeira luta, deve arristar-se um pouco mais na trocação com o campeão, para provar-se e conquistar o título, deixando brechas para que o brasileiro trabalhe seu muay thai. Porém, obviamente não descartará sua modalidade-primária por completo, e deve combinar os socos com double-legs em momentos oportunos, dificultando a defesa de quedas do brasileiro. O primeiro round deve ser muito agressivo por parte do americano, e Aldo, deve tentar seguir um jogo mais conservador para ir se soltando no decorrer do combate.
Nossa equipe votou em 60% a 40% na vitória de José Aldo por conta das brechas que possam vir a surgir em uma exposição do americano. Acerca da vitória de Mendes, o boxe trabalhado com quedas e um ground and pound agressivo pode ser determinante para uma vitória por pontos.
Palpite do MMA Space: José Aldo por nocaute técnico no quarto round.
por Redação MMA Space.
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Na noite de hoje, o campeão dos pesos penas José Aldo Jr. colocará novamente seu cinturão em jogo contra o wrestler americano Chad Mendes, contando novamente com a torcida ao seu favor, após nocautear o americano em janeiro de 2012 pelo UFC 142. Mendes obteve uma nova chance para enfrentar o campeão José Aldo após […]
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